20 fevereiro, 2009

(in)segurança que se ganha com o passar dos anos


Quando eu era mais nova escrevia coisas "depressivas" e do quanto a minha vida era monótona, sem sentido, sem carinho, sem amor, sem amizade, regada a músicas do tipo Dashboard Confessional e Linkin Park pra gritar pro mundo que eu não estava bem, que o meu pior estado era estar/ser numb (só olhar meu antigo blog pra saber do que eu estou falando).
Precisava de algum sentido na vida, queria fazer piercings, cortar o cabelo, pintar de cores fantasias, fazer tatuagens, me destacar no meio de um bando de pessoas iguais que me rodeavam e eu era obrigada a conviver.

Hoje já fiz tudo isso, tenho vários piercings, meu cabelo já foi de cores e cortes variados, fiz uma tatuagem e sim, sinto que não sou mais aquela, não sou só mais uma. Também não são mais as mesmas pessoas-iguais que fazem parte da minha vida.

Mas uma coisa permanece, continuo perdida, com muito mais caminho percorrido e escolhas feitas, mas as coisas ainda parecem distante pra mim. E o que me confortou foi eu ter lido em um blog de uma pessoa com mais de 30 anos, formada, que ainda espera algo que dê sentido a vida dela, isso de certa maneira me conformou, me fez ver que isso não é uma crisesinha de adolescente (tá, que com 21 anos já não sou mais considerada nenhuma adolescentezinha, mas enfim...)

E vou seguindo, crente de que algumas escolhas que ando fazendo são as certas, mas não vou mais me desesperar se chegar aos 30 e ainda não souber ao certo o que quero. Não vou mais me afetar quando perguntarem a minha idade e depois disso eu falar que ainda estou no primeiro ano da faculdade. Ainda há muito caminho a ser percorrido e muitas mudanças a serem feitas, vou com calma!

Um comentário:

gabi mo disse...

Acho que isso não tem nada a ver com a idade.
Eu tenho quase 23 e sempre tive blog.
Tá certo que os problemas mudam dos 15 aos 23, por exemplo, mas sinto sempre um vazio.

Acontece. Talvez todo mundo sinta. Mas nem todo mundo tem blog. :)