16 abril, 2008

é tarde, ou cedo de mais.


Sempre foi assim, mas ela não quis ver, não quis aceitar e encarar a verdade. Toda vez era a mesma ladainha, sempre a mesma peça (dramática) acontecendo. A protagonista se descabelava, bebia, fumava, gritava. Os figurantes sempre só olhavam assustados, se afastavam para não serem atingidos por uma baforada de desaforo, uma rajada de xingamentos. Mas a humilde servente, supostamente a fiel escudeira está sempre lá, a servindo, aguentando as pancadas, sendo o colchão de ar das quedas propositais. Haverá um dia em que a queda será grande e no chão duro! com a cara no chão, há de haver pessoas rindo sem prestar ajuda alguma, inclusive a que sempre serviu de colchão...

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