
Quando eu era mais nova escrevia coisas "depressivas" e do quanto a minha vida era monótona, sem sentido, sem carinho, sem amor, sem amizade, regada a músicas do tipo Dashboard Confessional e Linkin Park pra gritar pro mundo que eu não estava bem, que o meu pior estado era estar/ser numb (só olhar meu antigo blog pra saber do que eu estou falando).
Precisava de algum sentido na vida, queria fazer piercings, cortar o cabelo, pintar de cores fantasias, fazer tatuagens, me destacar no meio de um bando de pessoas iguais que me rodeavam e eu era obrigada a conviver.
Hoje já fiz tudo isso, tenho vários piercings, meu cabelo já foi de cores e cortes variados, fiz uma tatuagem e sim, sinto que não sou mais aquela, não sou só mais uma. Também não são mais as mesmas pessoas-iguais que fazem parte da minha vida.
Mas uma coisa permanece, continuo perdida, com muito mais caminho percorrido e escolhas feitas, mas as coisas ainda parecem distante pra mim. E o que me confortou foi eu ter lido em um blog de uma pessoa com mais de 30 anos, formada, que ainda espera algo que dê sentido a vida dela, isso de certa maneira me conformou, me fez ver que isso não é uma crisesinha de adolescente (tá, que com 21 anos já não sou mais considerada nenhuma adolescentezinha, mas enfim...)
E vou seguindo, crente de que algumas escolhas que ando fazendo são as certas, mas não vou mais me desesperar se chegar aos 30 e ainda não souber ao certo o que quero. Não vou mais me afetar quando perguntarem a minha idade e depois disso eu falar que ainda estou no primeiro ano da faculdade. Ainda há muito caminho a ser percorrido e muitas mudanças a serem feitas, vou com calma!