ciclos

Coisas boas e ruins se misturam e me fazem entrar num furacão de sentimentos. Funciono por pares de oposição, se tem algo ruim, tenho que achar algo de bom, mas a recíproca também é verdadeira. Só o tempo que não consigo achar um contrário a ele, o não-tempo que poderia me beneficiar.

Ela surta, o pequeno não entende nada, nem mesmo que é com ele, talvez seja melhor assim, mas eu aqui não sei o que fazer no meio de gritos, olhares atônitos e uniformes escolares.

Quando tudo não é suficiente, quando tudo não representa o que se é exatamente, quando tudo e nada são a mesma coisa e preenchem o mesmo nada-tudo que existe dentro daqui, daí, de lá...Tanta coisa a se comentar, tanta coisa a se saber, mas ninguém realmente liga pra o que se pensa, pra o que eu penso, são conversas a esmos, conversas que só servem pra preencher o silêncio que incomoda.

Não perfeição

Eu não quero ser perfeita, não me atreveria a tamanha ambição. Quero fazer algo que seja bem feito, quero amar o que faço, quero ser alguém que atingiu algum objetivo na vida. Quero ser uma pessoa que tenha orgulho do que fez, mas não porque atingiu a perfeição, não acho que isso me faria uma pessoa melhor. Sou o que sou pois tenho defeitos, sou sujeita a melhoras, se um dia achar que a perfeição existe paro de acreditar que as coisas podem melhorar. Palavras que podem fazer toda a diferença no que diz respeito ao que se quer.

mini-me's

Se o conceito de infância é recente, ainda assim se subvertem  as crianças em miniaturização de pessoas adultas. Se antes o problema era colocar as crianças para trabalharem em fábricas, em ambientes insalúbres agora a insalubridade é fantasiada de maquiagens, laquês, roupas de grifes e luzes na passarela. Se pra uma pessoa adulta isso já pode ser nocivo, não quero nem imaginar no que se transformarão essas crianças de 7-8 anos que já sabem dominam a "arte" de usar seus corpos femininos para conquista do poder.